Alchemie der Farben


O director da Bienal de Veneza, Massimiliano Gioni, apresentou uma surpresa aos visitantes durante a abertura no pavilhão central há alguns dias, que compreende um grande livro vermelho como objeto central do espaço - “O Palácio Enciclopédico”. Significa o acúmulo de imagens e cosmos visuais que nutrem todas as nossas visões: imagens mentais e sonhos registrados pelo psiquiatra Carl Gustav Jung (1875-1961).

De uma forma igualmente surpreendente, em uma reunião com curadores dos “Parceiros Curatoriais” (Curatorial Partners) – críticos de arte, diretores de museus e expositores de diferentes países – Taisa Nasser também trouxe o grande livro vermelho de Jung, na edição italiana, dentre seus documentos. Ela desejava utiliza-lo para apoiar seus argumentos fundamentais sobre a história da pintura e a essência da cor no campo do conflito entre o “ego” e a personalidade central do “self”. Ela tinha a intenção de esclarecer o fascínio de Jung pelos alquimistas da Idade Média, como descrito no livro vermelho, e até que ponto este fascínio era mútuo.

Esta declaração de Taisa Nasser, o manifesto básico de sua motivação artística, se tornou tão dominante na discussão entre a artista e os curadores Jochen Boberg, Alexandra Grimmer, Ulrike Damm e Elmar Zorn em Paris, que há um espaço para tal discussão em mais detalhes no livro da artista. A discussão continuou em uma reunião em Paris, na qual participaram – além dos curadores mencionados acima – o especialista em museus Dieter Ronte, o critico de arte Heinz Peter Schwerfel (Paris / Buenos Aires / Colônia) e o diretor de exposições do Städtisches Kulturzentrum Pasinger Fabrik, Thomas Linsmayer (Munique).

Na seguinte documentação de nossa conversa com a artista, que está centrada nos temas: cores, matéria e/ou material, movimento, filme, música e dança, a ênfase na dupla orientação da artista Taisa Nasser também se destaca: como arquiteta e como pintora. Com um diploma em arquitetura e urbanismo da Universidade de São Paulo em 1976, ela também vê a aplicação espaçosa da tinta extremamente espessa como um contínuo de sua vocação de arquitetura, utilizando as belas artes.

A vida da artista até agora teve dois centros distintos, em São Paulo e Paris, expresso não só pelas exposições realizadas nos dois locais, mas também nos diversos prêmios importantes que a artista recebeu em Paris: e agora irão se juntar aos países de língua alemã, começando com uma apresentação apaixonada de dez grandes trabalhos no salão central da embaixada brasileira em Berlim. Fica claro que esta artista está determinada, realizando o que ela descreveu tão sensivelmente em sua conversa com os parceiros curadores:

“Eu quero envolver meus espectadores com meus trabalhos”.
Prof. Dr. Dieter Ronte

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